A descarbonização é um processo crucial para que as empresas consigam ajudar a mitigar o impacto das alterações climáticas e alcancem um desenvolvimento sustentável. Neste artigo, explicamos o que está a ser feito em Portugal nesse sentido, com o auxílio das inovações tecnológicas.
No país, a necessidade de reduzir as emissões de carbono é imperativa para as indústrias, não só para cumprir os compromissos internacionais, mas também para promover a sustentabilidade energética e a proteção ambiental.
As inovações tecnológicas desempenham um papel fundamental na aceleração deste processo, proporcionando soluções eficientes e economicamente viáveis para reduzir as emissões de CO₂.
Neste sentido, o país efetuou progressos significativos: entre 2005 e 2019, as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) diminuíram cerca de 22%, de acordo com um relatório sobre a ação climática da União Europeia (UE), da Comissão Europeia.
Há, no entanto, um longo caminho a percorrer para alcançar as metas nacionais estabelecidas, com a redução das emissões de GEE em 55% até 2030, e a a neutralidade carbónica até 2050.
Estas metas ambiciosas exigem, portanto, uma transformação profunda da forma como se consome a energia nos diferentes setores de atividade (indústria, transportes e serviços), assim como a adoção de novas tecnologias e práticas sustentáveis por parte das empresas.
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A eletrificação é uma estratégia chave para a descarbonização. A transição para a energia elétrica, proveniente de fontes renováveis, é essencial para reduzir as emissões de carbono. Portugal tem investido fortemente na expansão da capacidade de geração de energia eólica e solar, o que tem contribuído para uma matriz energética mais limpa.
A adoção de tecnologias eficientes é essencial para reduzir o consumo de energia e recursos. A adoção de sistemas de gestão de energia e a utilização de equipamentos industriais de elevada performance devidamente dimensionados são exemplos de tecnologias que ajudam a melhorar a eficiência energética das indústrias, reduzindo simultaneamente as emissões de CO₂.
A ecoinovação envolve o desenvolvimento de novos produtos e processos que minimizam o impacto ambiental. Em Portugal, várias indústrias estão a implementar processos de produção mais limpos, utilizando menos recursos e criando menos resíduos, contribuindo para a redução das emissões de carbono.
A digitalização e a automação industrial são componentes chave da Indústria 4.0, permitindo uma gestão mais eficiente e sustentável dos recursos. Tecnologias como a Inteligência Artificial (IA) e a análise de dados são utilizadas para otimizar os processos de produção, reduzindo o consumo de energia e as emissões de GEE.
A economia circular procura manter os produtos e materiais em uso durante o maior tempo possível, promovendo a reciclagem e a reutilização. Esta abordagem reduz a necessidade de novos recursos e minimiza a criação de resíduos, contribuindo significativamente para a descarbonização.
Os Investimentos em investigação e desenvolvimento (I&D) são cruciais para a criação de soluções inovadoras que promovam a competitividade e sustentabilidade das indústrias. Projetos de I&D focados em tecnologias de baixo carbono ajudam a acelerar a transição para uma economia mais verde.
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O armazenamento de energia é fundamental para estabilizar a rede elétrica, especialmente com a crescente integração de fontes renováveis como a eólica e solar, equilibrando a procura e a oferta de energia e permitindo otimizar o aproveitamento dos recursos naturais.
Tecnologias de baterias, como as de iões de lítio, e outros sistemas de armazenamento, como o hidrogénio, são essenciais para garantir a fiabilidade e continuidade do fornecimento de energia.
Envolve a captura de CO₂ da atmosfera ou de fontes industriais e a sua utilização em processos produtivos ou de armazenamento. Esta tecnologia é particularmente relevante para a indústria pesada, onde a redução de emissões é mais difícil. Em Portugal, estão a ser desenvolvidos projetos-piloto para explorar o potencial do CCU.
Antes da implementação destas e outras tecnologias, as empresas têm de superar as barreiras tecnológicas e financeiras, devido aos elevados custos iniciais que exigem. A inovação tecnológica requer, muitas vezes, investimentos significativos em infraestruturas e formação, o que pode ser um obstáculo para muitas empresas.
As várias oportunidades de financiamento e incentivos fiscais existentes podem facilitar a adoção de tecnologias de descarbonização. Fundos europeus e programas nacionais de apoio à inovação e sustentabilidade oferecem subsídios e incentivos fiscais para projetos que promovam a redução de emissões de carbono.
A transição para uma economia de baixo carbono pode criar novos empregos em setores como as energias renováveis, eficiência energética e gestão de resíduos, ajudando no desenvolvimento regional e contribuindo para o crescimento económico sustentável e a redução das desigualdades.
Além disso, a descarbonização contribui para a sustentabilidade ambiental e a independência energética do país. Reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados e aumentar a produção de energia renovável nacional fortalece a segurança energética e diminui a vulnerabilidade a flutuações nos preços dos combustíveis.
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