A indústria alimentar é considerada a maior indústria portuguesa devido ao seu volume de negócios - em 2020, foi aproximadamente de 11.699 milhões de euros, representando 15,3% do total da Indústria Transformadora. Só em Portugal, nesse mesmo ano, este setor possuía mais de 7 mil empresas e mais de 90 mil pessoas ao serviço.
Além disso, de acordo com o balanço energético de 2020, o setor alimentar é responsável por cerca de 11% do consumo global de energia na indústria transformadora.
Por isso mesmo, é importante que as empresas deste setor utilizem a energia da melhor forma possível, de forma a tornarem-se mais eficientes sem perderem, ao mesmo tempo, rentabilidade.
A Indústria Alimentar, com a Classificação de Atividade Económica pertencente à divisão 10 (CAE 10) é composta por 9 subsetores com o objetivo de transformar as matérias-primas em bens alimentares.
A CCENERGIA, que tem uma larga experiência neste setor, realizou uma análise detalhada das subclasses do setor alimentar que representam 79% do universo relativo a empresas e 72% do volume de negócios deste mesmo setor.
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Essa análise inclui, por exemplo, a descrição dos principais processos produtivos utilizados, a caraterização das formas de energia utilizadas, dos indicadores de desempenho relevantes da atividade e das medidas de economia de energia mais frequentes, bem como a experiência da CCENERGIA neste setor.
Até 2021, a CCENERGIA efetuou 53 serviços de caraterização energética no setor alimentar para 32 clientes diferenciados.
Relativamente ao número de serviços no âmbito do regulamento SGCIE (Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia, que tem como objetivo promover a eficiência energética e monitorizar os consumos energéticos das instalações consumidoras intensivas de energia), foram efetuadas 29 auditorias energéticas para 22 clientes diferenciados.
As subclasses mais intervencionadas pela CCENERGIA ao nível do SGCIE foram as Subclasses 10510 - Indústrias do leite e derivados; 10201 - Preparação de produtos da pesca e da aquicultura; 10391 - Congelação de frutos e de produtos hortícolas; 10611 - Moagem de cereais; e 10912 - Fabricação de alimentos para animais de criação.
Por exemplo, na subclasse 10611 - Moagem de Cereais, a energia elétrica corresponde a cerca de 92% da energia total utilizada neste setor. A CCENERGIA neste tipo de indústria identificou oportunidades de redução do consumo de energia da ordem dos 9% dos consumos globais, com um período de retorno do investimento da ordem dos 3,4 anos. As áreas tecnológicas mais relevantes ao nível de otimização energética são o ar comprimido e força motriz, essencialmente na componente de ventilação.
Entre as 6 medidas mais frequentes e que apresentam maior potencial de economia do consumo de energia primária, estão, por exemplo:
Na subclasse 10912 – Fabricação de alimentos para criação, a energia elétrica corresponde a cerca de 66% da energia total utilizada neste setor, com a utilização de diferentes formas de energia para a produção de energia térmica (normalmente na forma de vapor).
A CCENERGIA, neste tipo de indústria, identificou oportunidades de redução do consumo de energia na ordem dos 14% dos consumos globais, com um período de retorno do investimento inferior a 5 anos. As áreas tecnológicas mais relevantes ao nível de otimização energética são os sistemas de produção e utilização de vapor, assim como a força motriz.
Entre as 5 medidas mais comuns e com maior potencial de economia do consumo de energia primária nesta subclasse, incluem-se:
Com base na sua experiência, a CCENERGIA elaborou um documento que permite a compreensão do setor Alimentar em diferentes aspetos, seja ao nível da representatividade do setor, do número de empresas ou da experiência e resultados alcançados nas diferentes subclasses. O contexto interno é baseado na análise da experiência da CCENERGIA no âmbito das auditorias SGCIE. Se a sua empresa opera no setor alimentar, faça um pedido de consultoria e descubra quanto pode poupar.