O futuro das empresas deve ser pensado com foco na sustentabilidade e transição energética, para que as indústrias desenvolvam as suas atividades de forma a contribuírem para a construção de um planeta ambientalmente mais próspero e desenvolvido.
Nos últimos anos, tem-se assistido a uma aposta cada vez maior por parte das empresas no domínio do desenvolvimento sustentável, fator essencial na criação de negócios mais eficientes e rentáveis.
Existem formas de as empresas caminharem mais rápido quando o objetivo é ser sustentável, atendendo às necessidades atuais sem comprometer as do futuro - assim defende o conceito de desenvolvimento sustentável definido em 1987 pela Organização das Nações Unidas (ONU) -, através da criação de estratégias bem definidas de gestão de recursos, proteção ambiental e eficiência energética.
Num passado recente, a sustentabilidade não constituiu uma prioridade para as empresas, o que se refletiu no pouco compromisso e preocupação, por exemplo, com as questões ambientais, que têm conduzido a impactos cada vez mais severos no clima. Este cenário tem vindo a sofrer alterações, impulsionado por estratégias conduzidas pela União Europeia, com enfoque nos domínios ambiental, económico e social.
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Em 2015, a ONU fixou 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que foram incluídos na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável com vista à erradicação da pobreza, promoção do bem-estar, proteção do ambiente e combate às alterações climáticas em todo o mundo, até 2030. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que devem ser integrados em todos os setores, inclusivamente o empresarial, englobam as dimensões económica, ambiental e social do desenvolvimento sustentável.
Para as indústrias, tendo em conta o cenário atual de aumento dos preços da eletricidade e do gás, tornou-se cada vez mais importante encontrar formas de atuação mais sustentáveis numa lógica de redução de emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) para o ambiente, que vão permitir obter uma maior rentabilidade financeira, por um lado, e serem energeticamente mais eficientes, por outro.
O investimento na eficiência energética tem-se revelado um objetivo gradualmente mais relevante para as indústrias, à medida que apostam em políticas de criação de valor sustentável e consciencialização para a importância das questões ambientais.
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Desenvolver projetos sustentáveis, dos produtos até à operacionalização dos processos, é uma forma de inovar e operar consistentemente de forma mais sustentável.
Tendo em conta que a preocupação ambiental é um dos temas sobre os quais as empresas mais debatem nos dias de hoje, apostar na sustentabilidade torna-se, também, numa forma de manter a boa imagem das próprias empresas, aumentando, consequentemente, a sua notoriedade e competitividade.
Os critérios ESG - sigla que inclui as palavras inglesas Environmental (Ambiente), Social (Social) e Governance (Governação Corporativa) - são indicadores que as empresas devem adotar, ajudando-as a investir de forma responsável e consciente com o planeta, sendo considerados por vários analistas os três pilares não económicos a partir dos quais uma empresa se deve reger.
A consciencialização para a necessidade de as empresas adotarem práticas sustentáveis que ajudem a diminuir as emissões de CO2 para a atmosfera, tem sido também incentivada em Portugal através de várias medidas concretas.
Por exemplo, o governo anunciou, em setembro de 2022, o lançamento de um Plano Extraordinário de Apoio às Indústrias que incluiu medidas de ajuda à aceleração da eficiência e transição energéticas. Esta medida pretendeu redirecionar o foco para as fontes renováveis e limpas, em detrimento dos combustíveis fósseis. Além disso, o governo criou o “Apoio à Descarbonização da Indústria”, com o objetivo de auxiliar no investimento necessário à transição para uma economia circular neutra em carbono.
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É importante que as empresas vejam a descarbonização como um passo obrigatório no caminho para um futuro sustentável, ao investirem na redução dos Gases com Efeito de Estufa (GEE). Além do fator ambiental, é também uma forma de as empresas reduzirem os seus custos energéticos.
O impacto ambiental que cada empresa produz - e que pode ser medido com a ajuda dos critérios ESG - deve ter em conta, além da redução da emissão dos GEE, também a preocupação com a biodiversidade, o reflorestamento e a gestão de recursos hídricos e de resíduos, por exemplo. É importante que as indústrias criem medidas que permitam reduzir esse impacto ambiental.
É importante que as empresas invistam também em medidas que promovam uma cultura interna baseada na sustentabilidade, incentivando os seus funcionários a adotarem comportamentos de responsabilização com o ambiente, privilegiando igualmente as componentes que permitam a igualdade de oportunidades, colocando em prática medidas socialmente sustentáveis e aplicando modelos de gestão que permitam a criação de valor sustentável.
Combater o desperdício de água, reciclar, privilegiar fontes de energias renováveis e limpas e reduzir a utilização de recursos minerais são algumas das medidas que as indústrias devem implementar, contribuindo, também, para aumentar a sustentabilidade económica.
A implementação de sistemas de gestão de energia na indústria, é um excelente mecanismo que permite a redução das emissões de GEE, por via da eficiência energética e com impacto favorável na redução dos custos energéticos.
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