Os desafios do gestor de energia na redução de custos

Os desafios do gestor de energia na redução de custos

Uma empresa que incorpore uma cultura e estratégia orientadas para a energia, dinamizando atividades com entidades especializadas neste domínio, assumirá uma posição de liderança na utilização da energia, pela capacidade de identificar oportunidades de melhoria na eficiência energética e implementação de soluções focadas na redução dos custos de energia. Neste artigo, mostramos os desafios que um gestor de energia enfrenta e as formas de solucioná-los.

Levando em consideração o contexto político, económico e social atual, em que se verifica, por um lado, um aumento generalizado dos preços e, por outro, uma preocupação crescente com o meio ambiente, torna-se cada vez mais importante para as empresas trabalharem com especialistas em gestão de energia.

Esta ajuda especializada vai permitir às empresas atingirem os seus objetivos de redução de custos, através da adoção de medidas que incrementem a eficiência energética e, ao mesmo tempo, que se reflitam numa lógica de sustentabilidade.

Um especialista em gestão de energia desenvolverá estratégias que permitirão a diminuição da fatura energética mensal, incrementando a eficiência na utilização de energia e identificando as melhores oportunidades para a exploração de projetos amigos do ambiente, baseados em fontes de energia renováveis, com foco na redução dos Gases de Efeito de Estufa (GEE).

Para atingir estes objetivos, o gestor de energia utiliza metodologias de análise de dados para examinar os indicadores de eficiência da empresa, identificando as áreas com potencial de otimização energética.

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Com base na avaliação energética, são definidas as oportunidades de melhoria e implementadas soluções de redução de custos e otimização de resultados, garantindo o mínimo risco para o cliente. Estas soluções podem passar, por exemplo, pela substituição de equipamentos ineficientes ou pela implementação de sistemas de controlo mais eficientes dos sistemas.

monitorização e o acompanhamento dos dados, que permitam analisar o desempenho de forma contínua através da incorporação da digitalização dos sistemas, possibilita a realização de uma avaliação efetiva dos resultados alcançados.

O papel do gestor de energia neste ponto é essencial, já que garante que as melhorias na eficiência energética são mantidas ao longo do tempo. Pode, por exemplo, proceder-se à análise do consumo de energia em tempo real e à implementação de sistemas de alerta precoce para identificar problemas antes de se tornarem graves, melhorando também as estratégias de manutenção preventiva ou preditiva dos sistemas de consumo.

Desafios do gestor de energia (e formas de solucioná-los)

No processo de implementação de soluções eficientes para a redução dos custos energéticos, os gestores de energia são confrontados com diferentes desafios, que se prendem com o financiamento de soluções, os aspetos que se relacionam com a cultura energética das organizações ou a definição da melhor estratégia que leva em consideração o contexto económico e social atual.

1. Investimento inicial

Implementar melhorias de eficiência energética é sinónimo (muitas vezes) de investimento financeiro, já que implica custos que podem ser, à partida, elevados. Este fator pode fazer com que as direções das empresas resistam a implementar mudanças como a substituição de equipamentos, por exemplo, alocando esse valor a outros projetos.

Contudo, é importante que se pense nestas soluções a longo prazo, já que os investimentos iniciais que as empresas efetuarem irão refletir-se na melhoria da eficiência energética, o que permitirá reduzir custos e, portanto, equilibrar a balança financeira das empresas, no geral.

Na decisão de investimento em eficiência energética, devem ser analisadas todas as vertentes de custos com impacto na componente financeira da solução, pelo que a análise do custo do ciclo de vida ou análises financeiras como a Taxa Interna de Rentabilidade devem ser utilizadas como ferramentas de trabalho. A utilização mais eficiente da energia no período de vida de exploração dos sistemas deve ser um fator de análise e relacionado com o investimento inicial de uma solução, permitindo muitas vezes o retorno de investimentos num período curto.

A utilização de sistemas de incentivos para o financiamento de soluções de eficiência energética é uma excelente iniciativa que deve ser potenciada pelas empresas, no sentido de minimizar o investimento inicial neste tipo de iniciativas.

2. Cultura interna da empresa

Dentro da própria empresa, pode haver resistência à mudança também dos seus funcionários, habituados a operarem de determinada forma e a seguirem certos comportamentos. Para consumir de forma mais eficiente, são necessárias boas práticas e, por isso, neste ponto é essencial que se promova uma cultura interna de redução energética, criando uma estratégia clara relativamente à política energética da empresa.

A empresa deve incutir em todos os funcionários valores relacionados com a importância de poupar energia e adotar metodologias que passam por reduzir os consumos energéticos, criando métodos para incorporar o tema da energia nas suas preocupações do dia-a-dia.

A formação em boas práticas na utilização eficiente da energia nos processos produtivos deve ser um imperativo nas organizações atuais. A existência de modos operatórios para a utilização eficiente dos equipamentos, permite um ganho de eficiência significativo que não deve ser menosprezado.

A gestão por indicadores de desempenho com base na captura centralizada de informação por sistemas de gestão de energia é uma ferramenta fulcral para uma gestão eficiente das organizações.

Deve também ser realizado o acompanhamento dos resultados que demonstrem as melhorias de eficiência energética resultantes das ações empreendidas, de maneira a manterem rotinas eficientes na utilização da energia.

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3. Contexto económico e social

O contexto económico e social que se vive atualmente pode fazer com que as empresas se retraiam e prefiram manter as suas operações, adiando os investimentos necessários em eficiência energética.

O grande desafio dos gestores de energia neste sentido, passa por criar e apresentar um plano de ação claro à direção da empresa no domínio da eficiência energética e neutralidade carbónica, que demonstre os ganhos futuros que podem ser obtidos, não só a nível financeiro, mas também de consciencialização para a importância de criar um mundo mais sustentável, com impactos diretos no aumento de competitividade.

A CCENERGIA

Com 18 anos de experiência, a CCENERGIA trabalha lado a lado com todos os sectores da indústria para encontrar um plano de melhoria da eficiência energética que as possa tornar mais rentáveis, tendo sempre em conta a sustentabilidade. A empresa desenvolve um plano operacional integrado, que vai desde a avaliação e implementação da melhor solução definida para as situações que podem ser melhoradas, até à apresentação de resultados e acompanhamento dos dados.

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